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terça-feira, 27 de maio de 2014

A cultura gastronômica expressa vivências, saberes e memórias

01  (DUKE)
Não gostar de uma comida por preconceito é outra coisa
Fátima Oliveira
Médica -
fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_


No Maranhão, aprecio a comida do litoral e a do sertão, nas versões “pobre de marré deci” e “fidalga”. Já escrevi que “Em Beagá, fui tomada de paixão irrefreável pelos pratos da culinária mineira roceira, chamados ‘comida de pobre’, como bambá de couve, canjiquinha com costelinha de porco e frango caipira com ora-pro-nóbis”.
 
 
 (Meninas com galinhas no quintal, Vicenzo Irolli)
 (Dia de primavera em uma casa de palha com lilases florescendo, 1925, Peder Mork Monsted) 
 
Recentemente, jantando carne de sol na casa do meu irmão Gil, em Imperatriz (MA), mencionávamos a deliciosa galinha caipira do almoço, quando alguém disse que um amigo, estudante de direito, metido a riquinho, detestava galinha caipira, que para ele era coisa de roceiro, comida de pobre, que cria uma galinhazinha pé-duro no quintal para matar a fome! Fiquei indignada e disse: “Mas que falta de cultura gastronômica!”.
 
 
  (Foto: Ricardo Labougle)  (Joan Roca, chef-proprietário do restaurante número um do mundo, o El Celler de Can Roca)
  (Foto: Ricardo Labougle)

 
Lembrei-me de Joan Roca – chef do restaurante nº 1 do mundo em 2013, o El Celler de Can Roca, para quem cozinhar não é arte, mas um artesanato que traduz memórias e vivências –, que declarou: “A gastronomia é uma linguagem para expressar nossa cultura, que usamos para explicar nossa terra, cultura, memória, vivências e viagens”.
A conversa girou em torno das memórias vivas de nossas comidas de crianças do sertão, numa família que não era rica, mas não era pobre, pois, como dizia o meu avô Braulino, tinha como “escapar” comendo bem três vezes por dia!
 
 
bolsapobreza   O sertão é um microcosmo, onde há miseráveis, pobres, remediados e ricos. No sertão de minha meninice havia fartura, pobreza e gente que morria de fome, embora, quando criança, eu não percebesse. Graças a Lula, não se morre mais de fome nem no sertão, por mais tenebrosa que seja a estiagem! Hoje, com a maior ação antipobreza do mundo, o Bolsa Família – que desperta ódio de classe em gente sem repertório humanitário –, não há mais procissões de caixõezinhos de anjinhos cobertos de morim azul, arrematados com zigue-zague (sianinha), expressão cruel da mortalidade infantil, que via em minha infância, que eram tantos que um dia eu (“Sabe de nada, inocente!”) disse que seria médica pra que as crianças não morressem mais!
 
Não gostar de uma
comida é uma coisa,
mas não gostar
por preconceito
contra pobre
é outra bem
diferente!
 
 
  O espectro da mortalidade infantil era tão presente que minha filharada não podia ter febre que batia um pesadelo, a um ponto em que, depois de anos vendo aquele descontrole, meu marido um dia disse-me algo assim: “É absurda a sua paranoia quando nossas crianças têm qualquer dor de garganta! Não é um comportamento compatível com quem é médica!”. Então contei dos anjinhos em caixõezinhos de morim azul. Ele riu e disse-me: “Sabe de que um filho nosso pode morrer na infância?”. E complementou: “De batida de carro, queda de cavalo ou afogado na piscina! Jamais das doenças da fome que matam crianças pobres no sertão!”.
 
 
 (Galinhas, Louis Lemaire)
 
 
Voltando ao sujeito que detestava galinha caipira. Concordamos que pessoas sem cultura gastronômica passam pela vida sem decência no viver, pois não gostar de uma comida é uma coisa, mas não gostar por preconceito contra pobre é outra bem diferente! Ele não come galinha caipira porque ela decerto expressa suas origens roceiras, que ele renega! Se inferno existisse, ele mereceria arder em seu fogo!
Uma pessoa que abomina comidas que lembram suas origens sertanejas, modestas ou não, é um tosco; não leu Guimarães Rosa, que disse: “Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar”; e é ignorante da filosofia “slow food” – comer bem é um direito humano fundamental, da qual decorre a ecogastronomia – “a responsabilidade de defender a herança culinária, as tradições e culturas que tornam possível esse prazer”.
 
 
Alimentando as galinhas, óleo sobre tela por Walter Frederick Osborne (1859-1903, Ireland)  (Alimentando as galinhas,  1885, Walter Frederick Osborne)
PUBLICADO EM 27.05.14
  (Inês Freneda Ita)
FONTE: OTEMPO

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Estado brasileiro doou a minha vida para os bancos!

01  (DUKE)
Pelo tal empréstimo, temos o "direito" uma dívida vitalícia
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_

 
“Aqui é fulana de tal, do setor do INSS do banco tal. Agora que a senhora está aposentada, o INSS colocou à sua disposição um empréstimo consignado de valor tal...”. São meses de desassossego, desde que o INSS homologou a minha aposentadoria, em 8.1.2014, que eu soube pelos telefonemas dos bancos, não apenas de Minas, mas de vários Estados do país, muitos dias antes de receber o comunicado do INSS!
Fiquei irada e impressionada desde o primeiro telefonema porque a moça sabia não apenas o meu telefone residencial, mas o dia da homologação e o valor mensal de minha aposentadoria, o montante do retroativo a setembro de 2013, quando fiz 60 anos, em qual banco eu receberia e a partir de quando! Fiquei atônita com a exposição da minha vida a um clique nos computadores de todos os bancos do país! Achei um abuso. Mas eu mal sabia que o assédio moral apenas começara... 
 
 
Dia do Aposentado
 
Tenho sido assediada moralmente pelos bancos numa dimensão incomensurável desde que o dia amanhece! A insistência das funcionárias é algo de proporções abissais! Segurei a onda o quanto pude. Fui perdendo a paciência. Passei a cortar a fala tão logo diziam: “Aqui é fulana de tal, do setor do INSS...”. Mas as moças não se dão por vencidas!
 
 
"E quando a gente diz
não, enveredam por
algo surreal e mais invasivo,
indagando: “A senhora tem casa? 
Tem carro? Não quer
trocá-lo por um zero?"
 
 
aposentadoria  Crendo que toda pessoa velha é babaca e facilmente enrolável, entram de sola na tentativa de convencimento das coisas maravilhosas que poderemos comprar com aquela “dinheirama” que oferecem colocar na nossa conta em dois dias, adiantando as graças da renovação “ad aeternum” do empréstimo, antes que acabemos de pagá-lo! Fiquei a imaginar que o tal empréstimo consignado “rotativo”, no qual temos o “direito” a uma dívida vitalícia, só pode ser um negócio da China para os bancos!
 
 
      E quando a gente diz não, que, quando quiser, fará no banco onde recebe, enveredam por algo surreal e mais invasivo, indagando: “A senhora tem casa? Não quer reformá-la? Tem carro? Não quer trocá-lo por um zero? Já foi à Europa? A Nova York? Dizem que é lindo o Leste Europeu, a senhora já foi?”. Estava de lua e enchi a medida: “Para, querida, conheço mais de 50 países. Não quero mais viajar!”.
 
 
Idade Necessária para se Aposentar
Súmula 44 trata da carência para aposentadoria por idade urbana
 
Chegam ao acintoso desplante: “Olhe, pense bem, a senhora não está precisando, mas pode ter um parente, filho ou filha, precisando e agora pode ajudar! Não quer mesmo ajudar alguém necessitado da família?”. Achei que era um carma! Fui tentando responder com educação, mas na última semana mudei de tática. Perdi a esportiva. Nem sequer sabia que tínhamos essa montanheira de bancos no Brasil!
 
 
  A cada novo telefonema estou pedindo para riscarem meu nome da lista porque vou processar o governo e os bancos por invasão de privacidade e assédio moral. Enfatizo que é uma imoralidade o que os bancos estão fazendo com a posse dos meus dados financeiros...
Ao que elas respondem: “Senhora, estou fazendo o meu trabalho!”. Eu: “Sei, mas ele é imoral: invade a minha privacidade, faz chantagem contra o meu modo simples de viver, checa a minha resistência ao consumismo, induz-me a gastar mais do que posso como aposentada, ao insistir em ‘fazer a minha cabeça’ para coisas/necessidades que não tenho, além do que toma o meu tempo! Não quero ficar pendurada em bancos, entendeu?”.
Estou decidida a registrar queixa na polícia a cada novo telefonema. Vou engolir a raiva, anotar os dados e registrar um BO por invasão de privacidade. Os bancos, a partir de hoje, estão avisados. Exijo que não liguem para a minha casa, sob pena de processo por assédio e danos morais!
 
Dia do Aposentado  PUBLICADO EM 20.05.14
 FONTE: OTEMPO

terça-feira, 13 de maio de 2014

As sequestradas nigerianas abandonadas pelo mundo

Foto: AP
(Estas alunas da escola de Chibok conseguiram fugir de seus agressores)
Um caso similar já ocorreu no Brasil em 1901, no Maranhão
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
 

No dia 14 de abril, o mundo deveria ter se abalado com o sequestro de entre 230 e 270 garotas estudantes de um internato feminino na cidade de Chibok, no Estado de Borno, na Nigéria, pelo grupo islâmico Boko Haram – que em língua hausa significa “a educação ocidental é proibida” –, cujo líder, Abubakar Shekau, assumiu o rapto: “A educação ocidental deve parar. Vocês, meninas, devem deixar a escola e se casar”, e, por Alá, ameaçou vendê-las! Cerca de 50 das raptadas conseguiram escapar e relataram que “cada menina estava sofrendo 15 estupros por dia, e estariam sendo vendidas para casamento por US$ 12 cada uma”.
 

Mapa da Nigéria (BBC)   Mesmo tendo por foco o ataque às escolas, o Boko Haram tem cometido crimes em série: cerca de 3.000 assassinatos desde 2002, quando foi fundado; o abandono de lares por cerca de 300 mil pessoas; um atentado com carro-bomba em prédio da ONU; a explosão de um ônibus em Abuja, que matou 75 pessoas; e a destruição, em 2013, de 50 escolas, impedindo que 10 mil crianças estudassem!


 

A indignação mundial, após quase um mês, é débil contra mais um crime abominável do patriarcado – sem falar que são garotas africanas negras –, mas está tomando vulto, inclusive com a participação de Michelle Obama, que disse: “O que aconteceu na Nigéria não foi um incidente isolado. É algo que vemos todos os dias, uma vez que meninas de todo o mundo arriscam suas vidas para perseguir suas ambições”. Ela também tuitou uma foto de si mesma na Casa Branca segurando um cartaz com a hashtag #BringBackOurGirls (Traga as nossas meninas de volta).
 
 
Michelle Obama e Malala fazem campanha por libertação de estudantes nigerianas (foto: Ansa)  [(Michelle Obama e Malala fazem campanha por libertação de estudantes nigerianas (foto: Ansa)]
    A paquistanesa que criou o Fundo Malala para apoiar a educação das meninas no mundo, sobre quem escrevi em “Malala Yousafzai: uma menina que queria apenas estudar” (O TEMPO, 29.10.2013), declarou: “Quando soube que essas meninas haviam sido sequestradas na Nigéria, me senti muito triste, pensei que minhas irmãs estavam na prisão e que deveria falar em seu favor”.
 
 
 sequestro
Parentes de jovens sequestradas organizam protesto para pressionar governo (foto: EPA)
[Parentes de jovens sequestradas organizam protesto para pressionar governo (foto: EPA)]
 
 
Jauarauhu levou
Perpetinha... Tiveram
filhos. Anos depois,
um seringueiro
quis trazê-la para a
companhia dos pais.
Ela não quis.
  Sequestro de tal monta, numa ação única, é algo sem precedentes no mundo! Um caso similar, que relato em meu romance “Então, Deixa Chover” (Mazza Edições, 2013), já ocorreu no Brasil em 1901, no maior massacre de índios contra brancos do país, acontecido no Maranhão: “Eram cinco horas da manhã de 13.3.1901, quando 400 índios guajajaras invadiram a Missão de São José da Providência do Alto Alegre. Padres, freiras e dezenas de meninas índias e brancas do internato rezavam quando a capela foi invadida pelo batalhão, usando espingardas, facas, facões e tacapes”. Mataram quatro padres, sete freiras, 40 crianças, e, das 43 famílias de colonos, apenas dois escaparam!
 
 
  (O cenário do massacre em 1901:capela de Alto Alegre, Maranhão)

 
Conforme o jornalista Antonio Carlos Gomes Lima, em “O Massacre de Alto Alegre”: “Dos dramas pessoais, o da adolescente Maria Perpétua dos Reis Moreira, a Perpetinha, é o mais presente na memória e no imaginário das populações de Barra do Corda e de Grajaú. Ela e duas outras meninas internas do convento das freiras em Alto Alegre, filhas de comerciantes de Barra do Corda e de Grajaú – Úrsula e Isabel, que foram resgatadas – foram poupadas da morte e conduzidas pelos guajajaras em fuga... Jauarauhu levou Perpetinha... Tiveram filhos. Anos depois, um seringueiro reconheceu-a naquela região e quis trazê-la para a companhia dos pais. Ela não quis. Muitos dizem que, após aqueles acontecimentos, encontravam, entalhada em árvores de casca grossa, na floresta, a seguinte inscrição: ‘Por aqui passou a infeliz Perpetinha’”.
É uma história que ouvi muito contada por mamãe, que faleceu no dia 09 de maio.
 

PUBLICADO EM 13.05.14
Meninas sequestradas pelo Boko Haram | Crédito: BBC 
Estudantes sequestradas aparecem vestidas com trajes típicos islâmicos, cobrindo todo o corpo (Vídeo)
01
(DUKE)
FONTE: OTEMPO

terça-feira, 6 de maio de 2014

Os danos da subjetividade na aplicação das leis protetivas da vida

01  (DUKE)     
Os maiores entraves à execução da Lei Maria da Penha são os juízos de valor que cada operador da referida lei faz
Fátima Oliveira
Médica - fatimaoliveira@ig.com @oliveirafatima_
 
Na semana passada, uma amiga, separada há quase seis meses de uma convivência eivada de violência, foi comunicada por operadores da lei de uma Delegacia da Mulher da cidade do Rio de Janeiro que ela não precisava mais de proteção porque, desde a queixa, o sujeito não atentara mais contra a vida dela! No período ela foi, pelo menos, duas vezes à delegacia para comunicar novas perseguições e na última deu seus novos telefones: ela mudou os números porque seu algoz não lhe dava sossego!

No mês de luta das mulheres, a Fisenge entrevistou Maria da Penha, uma lutadora intransigente pela não violência contra a mulher:
  (Maria da Penha Maia Fernandes)

 
Todavia, a sapiência e a subjetividade da delegada, sem ouvi-la, decidiram que ela não precisava mais de medidas protetivas, já que continuava viva! Tais medidas não custam um centavo ao erário, no entanto possuem um alcance pedagógico de vulto na contenção da agressividade. Até mesmo quando o agressor é um sociopata, diante de medidas protetivas, ele pode recuar, aceitando a lei como limite. Em que se baseia uma delegada que, sem ter finalizado o inquérito, quase seis meses depois da queixa, retira medidas protetivas apenas pelo “achômetro” de sua subjetividade?
 
 
Bernardo está morto,
e o Estado brasileiro
deve ser responsabilizado,
pois se omitiu quando instado
por ele, uma criança,
a proteger a sua vida!

 
Os maiores entraves à execução da Lei Maria da Penha são os juízos de valor que cada operador da referida lei faz, interpretando-a segundo sua visão de mundo, em geral patriarcal, machista, racista e outros conservadorismos de diferentes laias. Vide o caso Eliza Samudio, que deu queixa da violência sofrida, também numa Delegacia da Mulher da cidade do Rio de Janeiro, e não recebeu medidas protetivas de sua vida, às quais tinha direito. Foi assassinada a mando do seu algoz!
 

   (Eliza Samudio, quando prestou queixa na Delegacia da Mulher do Rio de Janeiro)
  (Eliza Samudio e o filho)

 
Relembrando: “O Estado brasileiro deve ser responsabilizado, pois se omitiu quando instado por ela a proteger a sua vida... A lei, quando chamada, não compareceu para dar limites ao agressor. Ao contrário, acariciou sua onipotência. Como uma juíza crê que, para não banalizar a Lei Maria da Penha, não deve aplicá-la quando o agressor não coabita com a violentada? O argumento dá um cordel de sentença de morte...” (“A personalidades delinquentes, só a lei é que pode impor limites”, Fátima Oliveira, O TEMPO, 13.7.2010).
 
 
 

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, assassinado pela madrasta, Gracielle Uglione, em 4 de abril passado, procurou o Fórum de Três Passos (RS), cidade onde residia, em novembro de 2013, queixando-se de insultos da madrasta e abandono afetivo por parte do pai.
A promotora Dinamárcia de Oliveira preparou a ação judicial solicitando a guarda para a avó materna; porém, o juiz Fernando Vieira dos Santos, em audiência em 11.2.2014, optou por mantê-lo junto ao pai, o médico Leandro Boldrini, sob o argumento legalista de reconstituir laços familiares esgarçados. A Justiça tangenciou diante do fato inusitado de uma criança, sozinha, procurá-la e pedir para trocar de família, tendo uma avó materna que, desde o suposto suicídio da mãe (2010), sofria de alienação parental, pois o ex-genro não permitia que visse seu único neto, filho de sua única filha.
 
 
  (Bernardo Uglione Boldrini e sua mãe Odilaine Uglione Boldrini)
Abalada, avó de Bernardo Boldrini é hospitalizada em Santa Maria Jean Pimentel/Agencia RBS  (Jussara Uglione, 73 anos avó de Bernardo Uglione Boldrini e mãe Odilaine Uglione Boldrini)


Tais laços esgarçados foram olvidados! A Justiça foi insensível a um ponto que descartou o alto potencial ofensivo de uma madrasta implicante e do desamor do pai, estando em jogo uma herança não desprezível. Tal subjetividade custou a vida de Bernardo! Não há outra conclusão ética possível: Bernardo está morto, e o Estado brasileiro deve ser responsabilizado, pois se omitiu quando instado por ele, uma criança, a proteger a sua vida!
Tenho a opinião de que, quando a vítima denuncia e, assim mesmo, perde a vida, o Estado deve ser acionado por omissão na proteção da vida.

 
Ouvidor da Assembleia quer que TJ e CNJ apurem conduta de juiz no processo de guarda de Bernardo Carlos Macedo/Agencia RBS  (Bernardo Uglione Boldrini)
PUBLICADO EM 06.05.14 
FONTE: OTEMPO